Este artigo apresentará dicas para o cadastramento de anúncios em diversos canais de e-commerce, como lojas virtuais e marketplaces. Embora as dicas sejam aplicáveis para diferentes canais, é importante ressaltar que cada plataforma pode ter regras específicas a serem consideradas.
Primeiramente, é essencial que você conheça profundamente os produtos que pretende vender, afinal, como falar ou escrever sobre um produto que você pouco conhece? Portanto, estude os itens antes de iniciar o cadastramento.
No e-commerce, o cadastro do produto ao ser divulgado é chamado de anúncio. O objetivo é convencer o consumidor que seu produto é o ideal para ele e o seu anúncio é o melhor lugar para essa aquisição. Para que isto aconteça, seu anúncio precisa ser excelente, ao ponto do consumidor não ter dúvidas ou necessidade de falar com algum atendente.
Refere-se aos diferentes formatos de anúncios que um vendedor pode criar para seus produtos em uma plataforma de e-commerce. Sendo os principais tipos de cadastro:
Outro tipo de cadastro muito comum no e-commerce é o “kit”. Consiste em agrupar vários itens relacionados em um único anúncio.
Como vendedor, você pode criar um pacote contendo produtos complementares ou variados, oferecendo aos clientes a opção de comprá-los juntos em uma única transação. Isso pode aumentar o valor médio de compra e proporcionar uma experiência de compra mais conveniente para os clientes.
Ao cadastrar um kit, é essencial descrever os itens incluídos e suas respectivas quantidades, seus benefícios e oferecer um preço atraente para incentivar as vendas.
Caso você seja um prestador de serviços ou comercialize produtos digitais, em alguns canais de e-commerce existe a opção de cadastro do tipo “virtual”, um tipo de produto que não possui forma física, sendo intangível.
Ao realizar o cadastramento de produtos, faça pensando no seu público alvo e no algoritmo das plataformas, além de respeitar a legislação e as regras dos canais que você deseja expor os anúncios. Confira algumas dicas:
Este é um dos principais recursos de busca para os consumidores, além disso, será a descrição do produto na nota fiscal ou declaração de conteúdo, portanto, elabore-o bem!
Local onde você deverá descrever com o máximo possível de detalhes o seu anúncio, além de persuadir os consumidores.
Utilize imagens de qualidade para expor seu produto e chamar a atenção para ele.
Incluir vídeos no anúncio transmite mais segurança ao consumidor em relação às características do produto.
É com uma boa estrutura de categorias e subcategorias que você garante que as pessoas certas encontrem o seu produto e realizem a compra. Exemplo:
Ficha técnica é um resumo detalhado das especificações, características e atributos essenciais de um produto. Na grande maioria dos canais de e-commerce, a ficha técnica servirá também como filtro para que o consumidor, no momento da procura, encontre o produto exato. Por exemplo:
Para que seja possível calcular o frete, você precisa informar previamente o peso e dimensão do item já embalado, ou seja, peso bruto e dimensão do pacote de envio e não do produto.
Os códigos são cruciais para a correta identificação de um produto. O consumidor, o algoritmo da plataforma e o fisco utilizam também esses códigos como referência em diversas situações:
O preço de venda refere-se ao valor de comercialização do produto. Utilize o campo preço promocional se desejar criar uma promoção.
No mundo do e-commerce, existe uma certa “guerra por preço”. Recomendamos que seus preços sejam compatíveis com o mercado, desta forma aumentam suas chances de vendas. O segredo de uma boa venda, está em uma boa compra! Portanto, busque sempre por novos fornecedores e lute para fazer compras com um custo menor e possa oferecer melhores condições na sua oferta ou obter melhor lucro.
O cadastro e controle de estoque são essenciais para o seu anúncio, pois garantem que você tenha informações precisas sobre a disponibilidade dos produtos. Isso evita vender itens indisponíveis, aumenta a credibilidade com os clientes e ajuda a otimizar a gestão do seu negócio. Um estoque bem controlado é fundamental para garantir uma experiência positiva ao cliente e o sucesso das vendas.
No e-commerce, o uso de dados e conteúdos exige atenção a leis específicas que muitos comerciantes ainda desconhecem. Existem diversas legislações, cada uma voltada para proteger diferentes aspectos. Compreender essas leis é essencial para respeitar os direitos de terceiros, evitar problemas legais e garantir um crescimento sustentável do seu negócio.
As leis mais comuns são a LGPD e Propriedade Intelectual. Como o próprio nome deixa claro, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) surgiu com o intuito de proteger os dados dos usuários e consumidores. Já a propriedade intelectual é regulada por várias leis no Brasil, que visam proteger criações originais, como marcas, patentes, direitos autorais e segredos comerciais. Essas proteções garantem que o criador tenha exclusividade sobre sua criação, permitindo que ele aproveite os benefícios comerciais e evite cópias não autorizadas.
Compreender essas leis é fundamental para respeitar os direitos de terceiros e evitar problemas legais, contribuindo para o crescimento sustentável do seu negócio.
Lei n° 13.709/2018 que regulamenta o tratamento de dados pessoais no Brasil. Para se adequar à LGPD, as empresas de e-commerce devem, entre outras coisas, ter um consentimento do usuário para o uso dos dados pessoais. É preciso informar e detalhar ao consumidor, a razão do uso de seus dados.
A coleta e o armazenamento dos dados do usuário não poderão ser utilizados e divulgados sem o seu consentimento. A LGPD também determina sobre a retificação, cancelamento, exclusão, oposição ao tratamento, de informação e explicação sobre o uso dos dados. Outro direito do consumidor é a portabilidade de dados, o qual pode migrar os seus dados de um serviço para outro.
Lei nº 9.610/1998 protege os direitos autorais de obras literárias, artísticas, científicas e audiovisuais. No comércio eletrônico, a lei de direitos autorais é relevante para proteger conteúdos digitais, como textos, imagens, músicas e vídeos disponibilizados em lojas virtuais. É necessário obter autorização dos titulares dos direitos autorais e respeitar as restrições impostas por eles.
Lei nº 9.279/1996 que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial no Brasil, incluindo marcas, patentes, desenhos industriais e indicações geográficas. No contexto do e-commerce, a lei de propriedade industrial é relevante para proteger marcas registradas de produtos e serviços, bem como evitar a falsificação e o uso indevido de marcas em sites de comércio eletrônico.
Lei nº 9.609/1998 trata da proteção dos direitos autorais de software no Brasil. No e-commerce, a lei de software é relevante para proteger programas de computador desenvolvidos e comercializados online. Ela estabelece que os programas de computador são protegidos pelos direitos autorais e proíbe a reprodução não autorizada, a pirataria e a engenharia reversa de softwares.
Além dessas leis específicas, há também acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, como o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS), que estabelece diretrizes gerais para a proteção da propriedade intelectual.
É importante ressaltar que a proteção da propriedade intelectual no ambiente do e-commerce é complexa e pode envolver questões como a identificação e remoção de produtos falsificados, o monitoramento de direitos autorais e marcas registradas, entre outros.
Por isso, é recomendado buscar aconselhamento jurídico especializado para garantir a conformidade com a legislação de propriedade intelectual ao operar um negócio de e-commerce.